Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Desculpem o sumiço por aqui. Os dias foram corridos: troca de emprego, lesão no pé, viagem… uma coisa atrás da outra.

Mas cá estou de volta!

Passadas as desculpas, vamos ao que interessa.

Achei muito legal esse material da Eliza Gaynor Minden.

Traduzi para compartilhar com vocês algumas considerações importantes sobre o plié, aquele nosso amigo de todas as horas no ballet, e também algumas dicas para aperfeiçoá-lo.

Lembrem-se do velho ditado: conhece-se uma boa bailarina pelo seu plié.

Apesar de muitas pessoas acharem que é só um movimento que parece um agachamento (rsrs), ele é uma das bases do ballet — da postura, do en dehors e de tantos outros elementos.

Então: atenção total que ele merece!

Plié Básico

Muito provavelmente um dos primeiros passos que você aprendeu na sua classe iniciante de ballet foi o plié — que é, “simplesmente”, uma flexão dos joelhos.

Ainda me lembro da voz da minha primeira professora enquanto eu estava na barra, com quatro anos:

“Plee-ay… Estica. Plee-ay… Estica.”

Parece fácil, certo?

Mas você sabia que os pliés na barra são um dos exercícios mais importantes para o desenvolvimento da técnica adequada?

O plié é um exercício projetado para deixar articulações e músculos mais maleáveis, tendões mais elásticos e ainda desenvolver o senso de equilíbrio.

Como você pode imaginar, não parece que há muita coisa acontecendo durante um plié… além de dobrar os joelhos. Mas há!

Os pliés são feitos na barra e no centro, em todas as cinco posições dos pés. A barra geralmente começa com uma sequência de pliés.

Existem dois tipos principais de plié:

• Demi-plié: flexão parcial dos joelhos, com os calcanhares no chão. O movimento deve ser gradual e suave — a descida e a subida devem ter o mesmo tempo e fluidez, com o peso do corpo bem distribuído e o pé inteiro em contato com o chão.
• Grand-plié: flexão total dos joelhos. Os calcanhares levantam do chão em todas as posições, exceto na segunda posição. Eles devem voltar ao chão assim que os joelhos começarem a esticar.

A Importância dos Pliés

Os pliés ajudam a aquecer os músculos e articulações das pernas, além de preparar os músculos do en dehors e estabelecer a colocação postural correta.

Eles são a base para giros, saltos e descidas no ballet. É por isso que, mesmo parecendo simples, os pliés merecem toda a nossa atenção e dedicação.

Aperfeiçoando o seu Plié

Você provavelmente já percebeu que manter a técnica correta durante os pliés é fundamental.

Alguns bailarinos terminam os pliés da barra com as pernas trêmulas de tanto esforço para realizá-los corretamente — e isso é ótimo!

Quanto mais você praticar, mais vai perceber as mudanças sutis que devem acontecer na pélvis, quadris e pernas para manter o alinhamento.

Abaixo, algumas dicas para tornar seus pliés ainda mais eficientes e bonitos:

• Trabalhe o seu en dehors desde os quadris. Mantenha o alinhamento entre costelas e pelve.
• Todos os dedos dos pés devem tocar o chão. Evite que tornozelos e joelhos virem para dentro.
• Espalhe os pés no chão como manteiga derretida — isso evita que os arcos levantem e preserva o en dehors.
• Mantenha os calcanhares no chão durante o demi-plié. No grand-plié, levante os calcanhares o mais tarde possível na descida e baixe-os o mais cedo possível na subida.
• Nunca “sente” no fundo do plié. Inicie a subida imediatamente com força e fluidez.
• A postura e o alongamento das pernas são mais importantes do que a profundidade da flexão. Use resistência durante todo o movimento.
• Tem dificuldades com grand-plié na quarta e quinta posições? Vá com calma. Essas variações desafiam mais o en dehors e muitas vezes são omitidas nas aulas para iniciantes.

📚 Referência: Minden, Eliza Gaynor. The Ballet Companion, 2005.

🔗 Texto original (em inglês)